Isabelle e eu no elevador, voltando do colégio, ela chupando um dudu (sim, aquele pseudopicolé com “sabor” de alguma fruta – ou de “chiclete”, azul – no saquinho) que já tá bem no finzinho, só aquela bolinha de gelo, tentando sugar o que resta de colorido. Eu:
— Eu hein, não sei pra que comprar isso. É só gelo colorido. E tu aí, fazendo esse esforço! Não sei como tu consegue ficar chupando isso se nem tem mais gosto de nada!
— Não to chupando, to mordendo, ó!
E tritura com os dentes a bolinha de gelo dentro do saquinho para as partículas menores passarem pelo orifício que a “tia” da cantina gentilmente cortou com uma faca que tava lá em cima da mesa (e que passou sabe-se lá por onde).
Eu, com toda minha soberania de irmã mais velha, dou aquele sorrisinho de quem tem o argumento final:
— Rá! Pior ainda, ficar mordendo gelo!
Ela, com toda inocência, naturalidade e quase desdém de criança que nem pensa pra falar, grita, mexendo as mãos e sacudindo o saquinho molhado, com a bolinha já no fim:
— E NÃO É ESSA A FINALIDADE DE UM DUDU?!?!
— Eu hein, não sei pra que comprar isso. É só gelo colorido. E tu aí, fazendo esse esforço! Não sei como tu consegue ficar chupando isso se nem tem mais gosto de nada!
— Não to chupando, to mordendo, ó!
E tritura com os dentes a bolinha de gelo dentro do saquinho para as partículas menores passarem pelo orifício que a “tia” da cantina gentilmente cortou com uma faca que tava lá em cima da mesa (e que passou sabe-se lá por onde).
Eu, com toda minha soberania de irmã mais velha, dou aquele sorrisinho de quem tem o argumento final:
— Rá! Pior ainda, ficar mordendo gelo!
Ela, com toda inocência, naturalidade e quase desdém de criança que nem pensa pra falar, grita, mexendo as mãos e sacudindo o saquinho molhado, com a bolinha já no fim:
— E NÃO É ESSA A FINALIDADE DE UM DUDU?!?!